quinta-feira, 12 de julho de 2012


O tempo e eu, o caos

Impassível, estático,
o tempo olha para mim
e ri.
Passável, passando,
o tempo corrói minha pele
como o ácido desgasta o metal.
Íntimo, irônico,
o tempo sonda minhas entranhas
como o verme cativo que não se despeja.
Inimigo tempo,
não faço questão de tê-lo.
Mas não  posso dispensar, não posso perder.
Simbióticos,
vivemos - o tempo e eu -  dependentes,
e indispensáveis, como a loucura e a razão!
Viciados, um no outro:
Sem mim o tempo deixa de existir.
Sem ele, sou o caos.
José Marcos Barreiros Alves




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